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Atualmente vivemos dias desafiadores em várias perspectivas, com níveis de estresse, ansiedade e depressão nunca mensurados, e, para continuar vivendo e não apenas sobrevivendo, algumas habilidades socioemocionais são vitais, tanto quanto o bater do coração.

Para que uma pessoa possa aprender, reaprender, desaprender ou, até mesmo, inovar, precisa desenvolver estratégias para perceber a si mesmo e suportar os próprios erros naturais, exigindo o enfrentamento das adversidades, do inesperado.

Uma criança ou um jovem que não tenha aprendido a dar um lugar adequado para o fracasso e a frustração, terá dificuldades de compreender e limitará condições favoráveis ao sucesso e à satisfação.

É preciso coragem e habilidade reflexiva/analítica de si mesmo, da situação e do movimento do outro, para entender e não se paralisar, ao contrário, se colocar em uma postura promotora das emoções e dos sentimentos.

Nessa reflexão, abre-se espaço para a intuição, a revelação dos sentimentos, a identificação das emoções; condições necessárias para a superação e o desenvolvimento da resiliência, uma das habilidades essenciais a sobrevivência do ser humano.

A resiliência está ligada à capacidade de reconstruir e reorganizar a si mesmo. Entende-se que a pessoa é resiliente, quando transpõe a dificuldade, superando-a e superando-se. Encarar as dificuldades e as provas que a vida oferece como oportunidades, sentir-se desafiado a vencê-las e aprender com elas são características de uma pessoa resiliente.

A empatia é outra habilidade importante, tornando o indivíduo competente na função de compreender e identificar-se emocionalmente com o outro.

Nas diferentes situações que a vida cotidiana oferta, as pessoas mais empáticas tendem a compreender melhor o ponto de vista do outro; mesmo que discordem, percebem o outro em seu posicionamento e conseguem comunicar, de algum modo, essa aproximação.

As pessoas empáticas obtêm muito sucesso em situações controversas, pois conseguem se colocar como quem vê o seu interlocutor, promovendo melhores relacionamentos e não como opositoras. São grandes resolvedoras de problemas ou promotoras de entendimentos e avanços sociais.

O pensamento flexível também tem um lugar de destaque nas habilidades fundamentais, quando se consegue cultivar estados mentais mais relaxados e propícios a observar, a pensar em outros padrões, em outras coisas que estão fora do seu cotidiano.

Para isso é preciso tempo e estímulo para pensar diferente daquilo que é a tendência inicial, assim as crianças e os jovens necessitam de espaços propícios a esses experimentos; lidar com as situações, utilizando-se de recursos não lineares, não comuns, são excelentes oportunidades para formar pessoas prontas ao enfrentamento da vida.

O ser humano é um ser social e necessita de outros para interagir e edificar-se como pessoa, assim tais habilidades são essenciais para o desenvolver de tantas outras que permitem que o indivíduo crie autonomia emocional e consciência social para a gestão da vida, na construção de si e na percepção respeitosa do outro.

 

Por:

Isabel Parolin (Psicopedagoga e escritora)

Adriane Imbroisi (Especialista em Inteligências Múltiplas e Aprendizagem Socioemocional)



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